Ponte Salvador-Itaparica será a maior da América Latina e terá iluminação cênica

Planejada para ser a maior ponte da América Latina sobre lâmina d’água, com 12,4 km de extensão, a Ponte Salvador–Itaparica promete transformar a paisagem da Baía de Todos os Santos e encurtar significativamente o tempo de deslocamento entre a capital baiana e o Recôncavo. Além de sua importância viária, o projeto também visa tornar a estrutura um novo cartão-postal da Bahia, com destaque para a iluminação cênica que pretende valorizar a grandiosidade da obra.

De acordo com Cláudio Villas Boas, CEO da concessionária responsável pelo sistema viário da ponte, a intenção é transformar a construção em ponto turístico.

“Estamos prevendo uma iluminação cênica e, logicamente, participar dos festivais das cidades, tornando esse símbolo ainda mais imponente”, afirmou em entrevista ao Portal A TARDE.

A primeira etapa da obra, a sondagem na Baía de Todos os Santos — que serve para análise da geologia do solo e definição da fundação da ponte — foi concluída em março de 2025, após 12 meses de trabalho e R$ 200 milhões em investimentos.

Atualmente, o projeto se encontra na fase de mobilização do canteiro de obras, quando são organizados os recursos técnicos, operacionais e logísticos. Essa etapa está prevista para ser concluída até o fim de 2025 e depende da emissão da licença ambiental pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), além de outras autorizações públicas.

Na última sexta-feira, o Governo da Bahia avançou em mais uma etapa com a desapropriação de uma área de 1.790,76 m², localizada em Salvador. O terreno será utilizado para a construção dos acessos viários da ponte e é considerado essencial para viabilizar a integração entre a capital e a Ilha de Itaparica.

O projeto é uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo da Bahia e um consórcio chinês formado pelas gigantes do setor de infraestrutura China Civil Engineering Construction Corporation (CCECC) e China Communications Construction Company (CCCC) — ambas entre as maiores do mundo.

O investimento total estimado é de R$ 10,6 bilhões, com início das obras previsto para 2026 e prazo de cinco anos de construção a partir da conclusão da fase de mobilização.

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