
Durante a audiência geral no Vaticano nesta quarta-feira (20), o papa Leão XIV convocou católicos e seguidores de outras religiões a dedicarem a próxima sexta-feira, 22 de agosto, a um dia de jejum e oração pela paz. O pedido do pontífice é direcionado especialmente às regiões afetadas por conflitos armados, como Ucrânia, Oriente Médio e outros territórios em guerra.
“Enquanto nossa Terra continua a ser ferida por guerras na Terra Santa, na Ucrânia e em muitas outras regiões, convido todos os fiéis a viverem o dia 22 de agosto em jejum e oração”, afirmou o papa. Ele acrescentou que as intenções da data devem incluir orações por “paz e justiça” e consolo às vítimas da violência.
Primeiro papa norte-americano da história, Leão XIV assumiu o comando da Igreja Católica em maio, sucedendo o papa Francisco. Desde o início do seu pontificado, tem reforçado os apelos por soluções pacíficas na guerra da Ucrânia. Um de seus primeiros atos diplomáticos foi um encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em maio, seguido de uma reunião presencial em julho.
O novo chamado do papa acontece em meio a articulações dos Estados Unidos para promover uma reunião entre Donald Trump, Vladimir Putin e Zelensky, com o objetivo de discutir um possível cessar-fogo no conflito ucraniano. De acordo com a Casa Branca, há sinais de disposição para negociações por parte de Kiev e Moscou, e Washington tenta acelerar a realização do encontro.
Na terça-feira (19), o papa comentou os esforços diplomáticos em andamento: “Há esperança, mas ainda é preciso trabalhar muito, rezar muito e buscar de verdade o caminho para seguir adiante, encontrar a paz.”
O jejum como forma de oração é uma prática tradicional na Igreja Católica, frequentemente adotada em períodos litúrgicos importantes ou em momentos de crise espiritual. Em outubro do ano passado, o então papa Francisco já havia convocado os fiéis a um dia de jejum no aniversário de um ano da guerra entre Israel e Hamas.