Esmeralda baiana avaliada em R$ 100 milhões não recebe lances em leilão

Foto: Andrew Spielberger/AP

A esmeralda de 92,5 kg encontrada na Serra da Carnaíba, entre as cidades de Pindobaçu e Campo Formoso, no norte da Bahia, que seria leiloada na sexta-feira (8), não recebeu lances.

Segundo a empresa Bid Leilão, responsável pela venda, o proprietário recebeu propostas fora do certame por valores abaixo dos R$ 100 milhões do lance inicial e avalia se:

  • vai vender por um valor mais baixo que o lance inicial;
  • realizar um novo leilão;
  • manter a rocha para vender em outro momento.

A pedra preciosa se trata de uma canga de esmeralda, com abundância de cristais hexagonais do tipo esmeralda, em grande parte bem preservados. Ela mede 68 cm x 43 cm x 40 cm e foi encontrada na região da Serra da Carnaíba, mas não teve a cidade de origem especificada.

Chamada de “Pequena Notável”, a pedra preciosa ganhou esse nome em homenagem a Carmen Miranda, que tinha este apelido devido a sua baixa estatura. Assim como a artista, a pedra é pequena, mas tem abundância de cristais do tipo esmeralda.

De acordo com a empresa, a pedra preciosa foi adquirida pela firma de um empresário carioca do setor de metalurgia, colecionador e investidor de ativos minerais, em agosto de 2024. Quase um ano após a compra, ele decidiu leiloar a esmeralda.

A pedra não está lapidada, ou seja, está em seu estado natural, como foi achada na mina. O procedimento de lapidação é feito para transformar a pedra preciosa em uma joias, como colares e anéis.

Uma esmeralda encontrada em Pindobaçu, no interior da Bahia, ganhou repercussão nacional em neste ano. A pedra preciosa foi extraída e comercializada ilegalmente para os Estados Unidos nos anos 2000 e a repatriação foi  formalizada em janeiro. l da União (AGU), a pedra preciosa foi levada para o país americano com o auxílio de documentos falsificados.

Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas, no estado de São Paulo, condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos, em uma ação penal que também declarou que quem estivesse em posse da pedra devolvesse ao Brasil.

Em novembro de 2024, a Justiça americana acatou um pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para que a pedra fosse devolvida ao Brasil, mas a formalização só ocorreu em janeiro deste ano.

A Advocacia-Geral da União afirmou que, após a pedra preciosa chegar ao Brasil, ficará exposta no Museu Nacional do Rio de Janeiro.

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