Ex-prefeitos Thiancle Araújo e Ito de Bega articulam frente em defesa da regulamentação da guerra de espadas

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O ex-prefeito de Castro Alves, Thiancle Araújo, e o ex-prefeito de Conceição do Almeida, Ito de Bega, uniram forças em prol da regulamentação responsável da tradicional guerra de espadas — manifestação cultural profundamente enraizada em diversos municípios baianos. O objetivo é preservar a tradição com segurança e organização. No último domingo (29), Thiancle visitou Conceição do Almeida para conhecer a experiência positiva conduzida por Ito durante sua gestão, com apoio da atual prefeita Renata Souza. O município tem se destacado na manutenção da prática com estrutura e controle. “Foi importante ver como Conceição do Almeida tem conseguido manter viva essa tradição de forma segura. A cultura popular precisa ser respeitada e valorizada”, afirmou Thiancle.

A parceria prevê também uma missão conjunta à cidade de Estância, em Sergipe, marcada para o dia 13 de julho. O município é referência nacional na realização das guerras de espadas e receberá delegações de diversas cidades baianas, especialmente do Recôncavo e da região de Senhor do Bonfim.

Os ex-prefeitos defendem a regulamentação da prática com medidas como: áreas específicas e isoladas para o uso das espadas, uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas, capacetes e botas, e presença de ambulância e equipe de saúde durante os eventos. A proposta visa garantir que a tradição continue viva, aliando segurança à valorização cultural.

Thiancle também destaca que, diferentemente da vaquejada — que só foi reconhecida como manifestação cultural após uma emenda constitucional patrocinada pelo senador Otto Alencar —, as guerras de espadas já possuem respaldo legal. O artigo 215 da Constituição Federal garante a proteção às manifestações culturais populares brasileiras. “A guerra de espadas é uma expressão legítima da nossa cultura. A Constituição já garante esse direito, só precisamos regulamentar com segurança, diálogo e bom senso”, reforça.

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